Pierre Lévy
No primeiro capítulo, A metáfora do hipertexto, o autor nos mostra com detalhes os exemplos do que é o hipertexto. Dividido em seis partes para melhor explicá-lo, que são as seguintes:
I. A metáfora do hipertexto
- IMAGENS DO SENTIDO
- O HIPERTEXTO
- SOBRE A TÉCNICA ENQUANTO HIPERTEXTO, O COMPUTADOR PESSOAL
- SOBRE A TÉCNICA ENQUANTO HIPERTEXTO, A POLÍTICA DAS INTERFACES
- O GROUPWARE
- A METÁFORA DO HIPERTEXTO
II. Os três tempos do espírito: A Oralidade Primaria, a Escrita e a Informática
- PALAVRA E MEMÓRIA
- A ESCRITA E A HISTÓRIA
- A REDE DIGITAL
- O TEMPO REAL
- O ESQUECIMENTO
III. Rumo a uma ecologia cognitiva
- PARA ALÉM DO SUJEITO E DO OBJETO
- AS TECNOLOGIAS INTELECTUAIS E A RAZÃO
- AS COLETIVIDADES PENDANTES E O FIM DA METAFÍSICA
- INTERFACES
1. Imagens do sentido: Uma introdução do que é hipertexto, o que é comunicação e como uma palavra pode nos fazer pensar em objetos ou acontecimentos, como no exemplo dado: uma palavra maçã nos lembra a fruta, o seu cheiro, a sua forma.
2. O hipertexto: Mostrando a história do hipertexto, inventado por Vanevar Bush e o termo dado por Theodore Nelson. Através de exemplos esta parte do capítulo nos mostra como o hipertexto pode ser usado: formas educativas como, aprender a manusear e as técnicas de um motor através de vídeo animado e com apenas um clique sobre as peças saber o seu nome e como usa-las. Todas as facilidades que podem ser feitas com o hipertexto assim como as interfaces que ficaram evidentes nos anos oitenta com a informática, chamado pelo autor de princípios básicos da interação amigável. Temos o manuseio do mouse e o menu. Foi a partir dessa interação amigável que o hipertexto foi elaborado e depois disseminado.
3. Sobre a técnica enquanto hipertexto, o computador pessoal: A invenção do computador pessoal por jovens californianos na região de Silicon Valley, uma região que todos poderiam exprimir suas opiniões e com uma grande abundancia de meios eletrônicos. Nos mostra as maiores empresas de informática dando destaque a Apple desde a sua invenção e todas as dificuldades até se tornar uma mega empresa se transformando na Apple Macintosh. Um dos maiores sucessos da Macintosh foi o mouse.
4. Sobre a técnica enquanto hipertexto, a política das interfaces: A criação da Macintosh orientadas pelas idéias de Eduardo Engelbert enquanto diretor da ARC. A interação cada vez mais profunda entre homem e máquina, isso acontece porque a informática está em constante mudança, se modernizando cada vez mais. A paixão das pessoas pelo computador que não conseguem viver sem ele, fazendo a sua vida em torno da informática.
5. O Groupware: Esta parte do capítulo nos mostra como é difícil pensar em coletivo quando em um grupo possui pessoas diferentes, que pensam diferente tentando chegar a um consenso sobre determinado assunto. O Groupware ajuda cada pessoa a situar-se dentro de uma discussão fornecendo uma representação gráfica da rede de argumentos. Elaborado pela equipe de Douglas Engelbert, o Groupware continha utilitários para desempenho, programação, processamento de texto e diversos catálogos para documentos.
6. A metáfora do Hipertexto: A diferença do homem pra um animal é a capacidade de pensar. Esta parte nos mostra como uma pessoa pode pensar diferente da outra através da interpretação. Para que um grupo compartilhe o mesmo sentido, não basta que seja dado à mesma mensagem, é preciso o Groupware que nos fornece as anotações e os comentários.
II
7. Palavra e memória. Na mentes, através de demandas mnemotécnicas, nas matérias prima diversa, as inscrições de todos os tipos. Em primeiro lugar a escrita, depois desempenham o papel de travas de irreversibilidade. Obrigando o tempo a passar somente em um sentido. Produzem varias histórias com ritmos diversos. Uma organização social pode ser considerada como um dispositivo que serve para reter formas, para acumular as inovações, contanto que seja incluído e todo o novo técnico viver. Em relação à forma do raciocínio espontâneo, o qual não tem muito a ver com a “razão” hipotética fixada em sua interior, pois a nossa memória não é um equipamento de armazenamento e recuperação fiel, pois devemos perder certas lembranças para armazenarmos novas coisas, de fato a nossa memória não é leal às informações. De acordo com a psicologia cognitiva contemporânea, não há apenas uma, mas diversas memórias, funcionalmente distintas.
8. A escrita e a história. Com a escrita abordamos que ainda os modos de conhecimento e os estilos de temporalidade são majoritários. A história é ameaçada, perder sua preeminência na civilização da televisão e do computador.
9. A rede digital. A evolução da máquina, o primeiro computador, o Eniac dos anos 40, para programá-lo era necessário que fosse ligado diretamente aos circuitos, sistema que era realizador através de cabos. Nos anos cinqüenta as instruções eram realizadas através de códigos binários. As telas por tanto se generalizaram no fim dos setenta, consideradas por muito tempo como equipamento físico do computador, os primeiros microcomputadores eram vendidos sem os cubos catódicos aos quais somos acostumados hoje. Portanto a tela é indispensável, como o monitor e o teclado, tais simbolizam a própria máquina.
10. O tempo real. Estes desejam obter a informação mais confiável, mais rápida possível, para tomar a melhor decisão. O sistema não é para conservar o saber do especialista, mas para evoluir a partir do conhecimento referido. As linguagens permitem que o sistema seja enriquecido ou modificado sem que seja necessário começar tudo novamente.
11. O esquecimento. Ainda que processada por novos métodos, uma grande parte da herança cultural permanece. Nada de bom é feito se não tiver envolvimento do individuo. A subjetividade da memória, seu ponto essencial e vital, precisamente deve se rejeitar a pista ou o que foi armazenado no passado, para ser inaugurado o novo tempo.
III
Ao ler o termo “ecologia cognitiva”, várias suposições devem surgir em seu pensamento. Principalmente a dúvida do significado da idéia. Quando ouvimos a palavra “ecologia”, rapidamente associamos aos estudos que já estamos acostumamos a fazer na escola, sobre o meio ambiente, a natureza, os animais etc. O termo Ecologia quer dizer a parte da Biologia que tem como objetivoobjetivo o estudo das relações dos seres vivos com o seu meio natural. Cognitiva, é a Função da inteligência ao adquirir um conhecimento.
Pierre Lévy faz um complexo estudo sobre a capacidade de conhecimento humano no meio em que vive. Consciência, inteligência, tecnologias, psicanálises, raciocínio e interfaces são alguns aspectos interpretados pelo autor nesta obra.
“A ciência da mente explica que a consciência e tudo o que é relacionado a ela, representam somente um ponto menor do pensamento inteligente”.